Os Órgãos Auxiliares do Presidente da República de Angola repudiaram, esta terça-feira, 8 de julho, as declarações do líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior, que insinuou que Angola terá pago para assumir a presidência da União Africana.
Em comunicado oficial, publicado na página da Presidência, é esclarecido que a escolha de Angola para liderar a organização continental resultou de um processo legítimo e transparente, baseado num sistema de rotatividade regional entre os blocos africanos. No caso, coube à região da SADC indicar o seu candidato à presidência da União Africana.
De acordo com o documento, a candidatura de Angola foi aprovada por unanimidade na 43.ª Sessão Ordinária da Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, realizada a 17 de agosto de 2023. Angola exerceu a vice-presidência da União Africana em 2024, posição que precede a presidência no sistema rotativo da organização.
O comunicado considera “irresponsável e anti-patriótica” a insinuação de que Angola tenha feito qualquer pagamento para assumir esse cargo, sublinhando que tal afirmação compromete a imagem do país e descredibiliza o funcionamento das instituições africanas.
“Só um não patriota não se sente orgulhoso de ver o seu país ocupar um lugar de grande relevância, destaque e prestígio ao nível do nosso continente”, refere a nota.
As autoridades reafirmam que Angola conquistou esse reconhecimento de forma legítima, e apelam à responsabilidade política e institucional nas declarações públicas, sobretudo em matérias que envolvem a imagem do Estado angolano em fóruns internacionais.