O Ministério da Saúde, através do Instituto de Combate e Controlo das Tripanossomíases (ICCT), realizou nesta quinta-feira, em Luanda, o 11.º Conselho Directivo Alargado, com foco no processo de reconhecimento de Angola como país livre da Tripanossomíase Humana Africana (Doença do Sono). O encontro reuniu responsáveis das províncias endémicas – Bengo, Icolo e Bengo, Uíge, Malanje, Zaire, Cuanza Sul e Cuanza Norte – para definir estratégias, elaborar instruções técnicas e preparar documentos a apresentar à Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segundo o director-geral do ICCT, Pelinganga Baião, as capacidades instaladas nas zonas endémicas permitiram reduzir de forma significativa a doença, que nos últimos quatro anos registou menos de 100 casos. Actualmente, há apenas cinco casos activos no país, todos diagnosticados no Uíge. O responsável sublinhou que o tratamento, fornecido pela OMS, está disponível para todos os pacientes diagnosticados em 2025, bem como para eventuais casos em 2026.
Para além do combate à Doença do Sono, o ICCT realiza também rastreio e testagem de outras doenças prevalentes, garantindo assistência médica e medicamentosa.
Angola prossegue, assim, no caminho para a eliminação da Tripanossomíase Humana Africana, reforçando a vigilância epidemiológica e entomológica em conformidade com os padrões internacionais.