O Japão está a registar uma falta significativa de produtos da Asahi, incluindo a popular cerveja Super Dry, depois de um ataque informático ter paralisado as operações da maior cervejeira do país há cinco dias. O ciberataque, que teve início na segunda-feira, obrigou a Asahi Group Holdings a suspender parcialmente as suas operações, afetando encomendas, envios e serviços de atendimento ao cliente em território japonês. Os sistemas internacionais da empresa não foram atingidos.
A produção foi interrompida na maioria das 30 fábricas que a Asahi opera no país. A empresa confirmou que os atacantes utilizaram “ransomware”, mas continua a investigar as causas do incidente. Segundo comunicado divulgado na segunda-feira, não existe um calendário estimado para a recuperação total dos sistemas.
“Estamos a investigar ativamente a causa e a trabalhar para restabelecer as operações; no entanto, não existe atualmente um calendário estimado para a recuperação”, afirmou a companhia.
A Asahi garantiu que não houve fuga de dados de clientes durante o ataque. Apesar disso, a empresa foi forçada a cancelar eventos e a adiar o lançamento de novos produtos. Os meios de comunicação japoneses reportam que várias lojas de conveniência não estão a receber as entregas habituais e que os stocks são baixos, com produtos esgotados em alguns estabelecimentos. Uma porta-voz da empresa confirmou à agência Associated Press que foram feitas algumas remessas de emergência na quarta-feira.
A Asahi, sediada em Tóquio e fundada em 1889, é uma das principais produtoras de cerveja no Japão. Para além da célebre cerveja de arroz Super Dry, a empresa fabrica cidra, sumos, alimentos para bebés, doces e outros produtos alimentares. As ações da Asahi caíram mais de 1% na sexta-feira, atingindo o valor mais baixo desde fevereiro, refletindo a preocupação dos investidores com o impacto do ciberataque nas operações da companhia.