O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou uma nova resolução que reafirma o apoio à proposta marroquina de autonomia como base “realista, pragmática e sustentável” para a resolução do diferendo sobre o Sahara Ocidental.
A resolução, aprovada por maioria, exorta as partes a retomarem as negociações “sem pré-condições” e renova o mandato da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO) por mais um ano.
Após a votação, o Rei Mohammed VI de Marrocos saudou a decisão, considerando-a “um ponto de viragem histórico” e agradecendo o apoio de países como os Estados Unidos, França, Reino Unido, Espanha e várias nações árabes e africanas.
“Estamos a viver um momento crucial na história do Marrocos moderno. Haverá um antes e um depois de 31 de Outubro de 2025”, afirmou o monarca, destacando que dois terços dos Estados-membros da ONU reconhecem o plano de autonomia como o enquadramento adequado para uma solução definitiva.
O soberano marroquino apelou ainda aos seus “irmãos nos campos de Tindouf”, na Argélia, a aproveitarem esta oportunidade para se reunirem às suas famílias e participarem no desenvolvimento local sob o modelo de autonomia. Estendeu também um convite ao Presidente argelino, Abdelmadjid Tebboune, para um “diálogo fraterno e sincero”, com vista à reconstrução das relações bilaterais e à revitalização da União do Magrebe Árabe (UMA).
A adopção desta resolução coincide com as comemorações do 50.º aniversário da Marcha Verde e do 70.º aniversário da Independência de Marrocos, marcos simbólicos que reforçam a determinação do país em consolidar a sua integridade territorial.

