O técnico italiano Carlo Ancelotti, actual seleccionador de futebol do Brasil, foi condenado esta quarta-feira, 9 de julho, a um ano de prisão por fraude fiscal, na sequência do não pagamento de impostos referentes aos direitos de imagem durante a sua primeira passagem pelo Real Madrid, em 2014. A decisão foi proferida por um tribunal espanhol, que também o condenou ao pagamento de uma multa no valor de quase 400 mil euros. De acordo com a acusação do Ministério Público, Ancelotti terá defraudado o Estado espanhol em mais de 1 milhão de euros, sendo 386 mil euros relativos a 2014 e cerca de 675 mil euros no ano seguinte.
Apesar de ter sido ilibado da acusação relativa a 2015, o tribunal considerou provado o crime referente ao ano de 2014. O treinador, que colaborou com a justiça e regularizou a dívida até dezembro de 2021, não poderá beneficiar de incentivos fiscais ou subsídios públicos durante três anos. Durante o julgamento, Ancelotti alegou desconhecimento e afirmou ter agido de acordo com as orientações do clube e dos seus conselheiros. A justiça espanhola ainda não especificou se o técnico cumprirá a pena em regime prisional ou se esta será suspensa, sendo esta última a hipótese mais provável, à luz do que tem acontecido em casos semelhantes no país.
