A Netflix estreou esta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, a série documental Sean Combs: The Reckoning, produzida por Curtis “50 Cent” Jackson. Dividida em quatro episódios, a produção revisita a ascensão de Diddy como figura central da indústria musical norte-americana, bem como as múltiplas acusações de abuso e o recente processo criminal que culminou na sua condenação.
O lançamento, contudo, ficou marcado por uma forte disputa jurídica. Horas antes da estreia, os advogados de Diddy enviaram à plataforma uma notificação formal de “cease-and-desist”, exigindo a retirada imediata da série. A defesa alega que os produtores utilizaram “imagens roubadas” e conteúdos privados que nunca teriam sido autorizados para uso público, incluindo gravações de arquivos pessoais do artista. A equipa jurídica classifica o documentário como “um ataque difamatório vergonhoso” e considera que o projecto reflete “uma vingança pessoal” de 50 Cent.
A Netflix e a realizadora Alexandria Stapleton rejeitam as acusações, assegurando que todo o material utilizado foi obtido de forma legal e está devidamente licenciado. A plataforma sublinha que a série não tem motivações pessoais e procura apenas apresentar um retrato completo e rigoroso dos acontecimentos, integrando testemunhos de vítimas, antigos colaboradores e intervenientes nos processos judiciais.
A controvérsia em torno de “The Reckoning” reacende o debate sobre os limites éticos e legais na produção documental, especialmente quando envolve figuras públicas em processos judiciais sensíveis.

