O governo de Israel aprovou, nesta segunda-feira, 5 de maio, um plano para ocupar integralmente a Faixa de Gaza, marcando uma nova escalada na ofensiva militar contra o grupo Hamas. A medida, que inclui a mobilização de dezenas de milhares de reservistas e uma presença militar indefinida no território, tem como objectivos declarados o desmantelamento da infraestrutura do Hamas e a libertação dos reféns ainda mantidos pelo grupo.
O plano também prevê o deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos para o sul de Gaza, o que agrava a já crítica situação humanitária na região. Organizações internacionais, como a ONU e o Conselho Norueguês para Refugiados, alertaram para o risco iminente de fome e aumento do sofrimento entre a população civil.
A decisão gerou polêmica dentro do próprio governo israelense. O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa, tenente-general Eyal Zamir, advertiu que a operação pode colocar em risco a vida dos reféns. Familiares dos sequestrados também criticaram a iniciativa, acusando o governo de negligenciar a segurança dos reféns em favor de interesses políticos.