O cantor, compositor e produtor norte-americano D’Angelo faleceu hoje, 14 de outubro, aos 51 anos, vítima de cancro no pâncreas. A notícia foi confirmada pela família do artista através de um comunicado à imprensa, que revelou que o músico travava uma longa batalha contra a doença.
D’Angelo, cujo nome verdadeiro era Michael Eugene Archer, marcou de forma indelével a história da música soul e R&B nas últimas três décadas. Nascido em Richmond, Virgínia, em 1974, o músico destacou-se como uma das figuras centrais do movimento neo-soul dos anos 90.
O seu álbum de estreia, “Brown Sugar” (1995), foi aclamado pela crítica e pelo público, estabelecendo-o como uma voz singular na música contemporânea. No entanto, foi com “Voodoo” (2000) que D’Angelo cimentou o seu estatuto de génio musical, produzindo um dos discos mais influentes do novo milénio. O single “Untitled (How Does It Feel)” tornou-se um êxito mundial e o seu videoclip icónico permanece na memória colectiva.
Após um hiato de 14 anos, regressou em 2014 com “Black Messiah”, um álbum politicamente consciente que lhe valeu o Grammy de Melhor Álbum de R&B e reafirmou a sua relevância artística.
Conhecido pela sua perfeccionismo e reclusão mediática, D’Angelo influenciou gerações de músicos com a sua abordagem orgânica ao soul, fundindo elementos de funk, jazz e hip-hop numa sonoridade única e atemporal.
A família pediu privacidade neste momento de luto. Não foram ainda divulgados pormenores sobre cerimónias fúnebres.
O mundo da música perde hoje um dos seus artistas mais visionários e autênticos.